gira mundo cão

Fim-de-semana. Como gosto!

Significa família, nós os três. 

Aproveitamos estes dois dias da melhor maneira, com muitos passeios e brincadeira.

O dia começa sempre cedo, os Sábados não são excepção.

Começamos o dia com uma visita ao mercado. Carapaus para o almoço. Descasco batatas enquanto os homens da casa tocam harmónica. O Ivo sopra com força e de vez em quando lá arranca um acorde. Bate palmas. Almoça. Sopa de legumes com coentros e ovo cozido. Quinoa com cogumelos e courgete. Pêssego para a sobremesa. O avô cantigas canta e dança no youtube. Doidas andam as galinhas já enjoámos, agora a que está a dar é a do fantasminha brincalhão. Gasto dez toalhitas a limpar boca, cabelo, pescoço e pernas. Mais dois para a cadeira da pápa e chão. Deito-o. Preparo as batatas cozidas, salada de tomate e pepino com oregãos, muitos. O David grelha os carapaus. Orgulhoso e confiante no grelhador novo, alinha-os na grelha e bebe uma mini. No nosso terraço, na nossa mini-mesinha, almoçamos. O Ivo dorme. É incrível como sabe bem almoçar a dois, sabendo que o nosso rebento dorme ferrado na cama dele. Está seguro. Não pode cair, não está a arquitectar nenhum plano de correr vestido para a piscina ao mínimo deslize de um olhar. Não está a comer o creme para o rabo assado e muito menos a jogar todas as suas t-shirts e calções para o chão. É um alívio, uma paz. De volta ao mini-terraço, estamos felizes e quase românticos. Contemplamos o nosso mini-jardim, gabamos o manjericão que tem crescido imenso. Até os cravinhos, que ninguém dava nada por eles, ressuscitaram das trevas e estão a abrir. Bebemos um copo de Vilacetinho bem fresco e quase que podíamos jurar que estamos de férias. Sorrimos muito. Estamos felizes ali, nós e os nossos carapaus, o vinho verde, o paposseco molhado no azeite. 

"Temos uma casa. E temos um filho. Que já anda! E vamos ter uma sobrinha".

Um casal novo do prédio ao lado aparece para lavar o pátio, o David dá-lhes dois dedos de conversa, arranca uma alface do nosso canteiro e oferece-lhes. 

Moles, levamos os pratos para dentro, o David lava o grelhador.

O Ivo acorda, bebe o seu biberão, lavamos o cheiro a peixe e vamos até à Fábrica de Pólvora. 

Bebemos café na esplanada, o Ivo corre atrás da bola. Ouve-se música, o Ivo dança. Passeia, corre, anda de balouço, olha intrigado para os sistemas de rega, faz um sorriso amarelo, franze o nariz e derrete-me o coração. Come 3 bolachas, bebe água. Corre mais um pouco e foge para as escadas. Já arfa. Voltamos para casa. O pai dá-lhe banho. Aqueço a sopa de grão, depois de tanta correria dar-lhe o jantar vai ser canja. Engano-me. Nem quer provar. Vai empurrando a colher de uma assentada, qual Rocky Balboa a socar o Apollo Creed. Banho de sopa no babygrow lavado. Somos salvos pela fiel amiga quinoa, a paixão do mini-pugilista. Empurro uma manga triturada. Outro duche para lavar o grão e cama. Sem um pio, adormece.

Mais um Sábado mágico.